Projeto da prof.ª Jannyffer Jussara (Língua Portuguesa e Inglesa) e a prof.ª Lilian Valentim (Colaborativa e AEE).
Parceria com a Sala de Leitura.
História em Quadrinhos (HQ) do aluno entregue à professora:
Projeto de Teatro - Prof. Jean (Sala de Leitura)
Roteiro adaptado para o teatro.
O menino que via com o coração
Narrador:
Na escola João Guimarães Rosa, todos estavam empolgados com o início do ano novo letivo. Entre os alunos novatos, havia um garoto chamado Lucas, que logo chamou a atenção de todos. Ele andava com uma bengala e sempre tinha um sorriso no rosto. Lucas era cego de nascença. No começo, muitos colegas ficaram curiosos, fazendo perguntas como:
Ana:
— "Como ele estuda se não enxerga?"
Erick:
— "Será que ele pode jogar bola?"
Narrador:
Mas, com o tempo, a curiosidade deu lugar à ignorância e ao preconceito. Um grupo de alunos começou a zombar de Lucas.
Victor:
— "Ei, Lucas! Olha esse vídeo ... ah, esqueci que você não enxerga!"
Narrador:
Essas atitudes machucavam, embora Lucas tentasse esconder.
Ele era inteligente, esforçado e sabia usar o computador com leitor de tela melhor do que muitos alunos enxergando. Mas a dor de ser excluído e ridicularizado era grande. Foi durante uma aula de Redação que tudo começou a mudar.
A professora pediu um texto sobre "como é ver o mundo". Lucas escreveu com o coração: "Eu vejo o mundo pelos sons, pelos cheiros, pelas emoções. Vejo o riso da minha mãe pela vibração na sua voz, vejo a amizade quando alguém me oferece a mão sem precisar que eu peça.
Eu vejo mais do que os olhos podem mostrar. Mas tem uma coisa que eu ainda não consegui enxergar: por que algumas pessoas têm medo de quem é diferente?" O texto foi lido em voz alta pela professora. A sala ficou em silêncio.
Foi então que Ana, uma das alunas que zombava dele, pediu para conversar com Lucas.
Ana:
— "Lucas, desculpa! Eu não sabia como você se sentia.
Lucas:
— Tudo bem!
Narrador:
A partir daquele dia, a turma começou a mudar. Os colegas passaram a se interessar em aprender sobre acessibilidade. Criaram jogos adaptados, começaram a usar audiodescrição nas apresentações e, mais importante, passaram a enxergar Lucas como ele era: um aluno como qualquer outro.
Mensagem final:
A inclusão começa quando deixamos de ver as limitações e passamos a ver o ser humano. Todos temos algo a ensinar — e muito a aprender.
Imagens do teatro dos alunos
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